12.5.09

OCDE: Economia abranda menos

in Jornal de Notícias

A economia mundial continuou a registar um "profundo abrandamento" no mês de Março, mas os indicadores mais recentes, apurados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económica (OCDE), já permitem falar em "sinais possíveis de melhorias" ou "de uma pausa no abrandamento económico" em três dos 30 países da OCDE: França, Itália e Reino Unido.

No resto das economias, os indicadores "continuam a mostrar uma deterioração do ciclo de crescimento, mas a um nível menor", conclui a Organização.

O optimismo moderado da OCDE levou o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet, a falar em recuperação da economia. Trichet disse acreditar que se está "perto do ponto de inflexão do ciclo" , no final de um encontro que liderou entre os bancos centrais de todo o mundo. O presidente do BCE realçou o facto de a queda do Produto Interno Bruto (PIB) mundial estar a "abrandar" e acrescentou que "em certos casos vemos já uma retoma, noutros vemos que a queda prossegue, mas a um ritmo mais lento".

Mantendo o alerta para a necessidade de se continuar a tomar medidas para minimizar a crise, o presidente do BCE considerou que alguns relatórios recentes "são animadores, mas não é altura de complacências".

O indicador para os 30 países da OCDE caiu 0,1 pontos em Março, para 92,2 pontos, abaixo 9,5 pontos do nível que tinha no mesmo mês de 2008. Esta queda mantém com menor amplitude a tendência dos últimos meses, já que em Fevereiro foi de 0,4 e em Janeiro de 0,7 pontos.

Nos Estados Unidos, o indicador caiu 0,6 pontos em Março, na Zona Euro aumentou 0,2 pontos, mas está 7,9 pontos abaixo do nível de há um ano, ou seja, "em forte abrandamento". Por países, o Japão baixou 1 ponto, o Canadá e a Alemanha 0,4, a Índia 0,3, a Rússia 1,4 e o Brasil 1,9 pontos. O indicador aumentou 0,3 pontos no Reino Unido, 1,2 em França, 1,7 na Itália e 0,9 na China.