Pedro Vila-Chã, in Jornal de Notícias
Estudo ao edifício Panorâmico feito peloDepartamento de Engenharia deve estar pronto em Julho
A Segurança Social deverá prorrogar o apoio aos moradores desalojados, em Novembro de 2008, do prédio Panorâmico, em Arcozelo, Barcelos. O estudo da Universidade do Minho deverá estar pronto em Julho.
Os estudos do Departamento de Engenharia da Universidade do Minho (UM) concluiu que o prédio com três pisos de cave, rés-do-chão e seis andares "não possui condições de segurança exigíveis para os moradores dos 34 apartamentos". Por isso, as cerca de 80 pessoas abandonaram o edifício, decorrendo, agora, estudos mais aprofundados para decidir se deve ser demolido ou pode ser recuperado.
"O estudo foi prolongado, porque além das sapatas e das fundações, os técnicos que haviam analisado os primeiros e os últimos andares, dedicaram-se também a todos os outros apartamentos. Deve referir-se, ainda, que participaram nos estudos outras entidades", referiu Vítor Ribeiro, da empresa de condomínios responsável pelo acompanhamento da situação.
Devido ao prolongamento dos estudos, a Câmara de Barcelos solicitou à Segurança Social a celebração de um novo protocolo, para que os moradores continuem a receber os apoios ao arrendamento e das casas que estão a ocupar, enquanto não é decidida uma solução.
"Uma vez que o protocolo terminava e o estudo ainda decorre, solicitei uma reunião com os responsáveis da Segurança Social, em Braga, onde foi abordada a possibilidade de ser renegociado. O que ficou decidido foi a Câmara avançar com uma proposta, a apresentar ao Instituto da Segurança Social (o que já foi feito) e agora resta aguardar a resposta", explicou Félix Falcão, o vereador responsável pela Protecção Civil na Câmara de Barcelos.
Seja como for, ainda à luz do protocolo anteriormente firmado, as rendas do presente mês estão pagas (foram liquidadas até ao passado dia 8), pelo que, durante este mês deverá chegar a resposta do Instituto da Segurança Social.
Seja como for, Vítor Ribeiro está convencido que, "caso a resposta da Segurança Social não chegue entretanto, a autarquia não abandonará as pessoas. De resto, numa reunião recente foi dada essa garantia aos moradores". Lembre-se que os moradores têm direito a um apoio social que depende da condição de cada um, para fazer face aos encargos por estarem alojados em pensões e casas alugadas a expensas do Município e do Estado.
Na última reunião com os moradores, o coordenador do estudo, Joaquim Barros, do Departamento de Engenharia da UM adiantou que "a hipótese da demolição ganha força, porque a recuperação poder ficar cara". Lembre-se, ainda que a Câmara levou o assunto ao Ministério Público e os moradores ameaçam a construtora com um processo judicial.
O prédio em questão foi construído há 15 anos na zona dormitório da cidade, uma área densamente povoada e com inúmeros atropelos urbanísticos.