in Correio da Manhã
Vieira da Silva, ministro do Trabalho, rejeitou as críticas de proteccionismo e xenofobia depois do anúncio de redução das quotas para imigrantes extra-comunitários. O titular da pasta do trabalho justificou a decisão como sendo uma leitura "adequada" da conjuntura económica.
'Julgo que é algo que corresponde a uma leitura da situação que me parece adequada', afirmou hoje o Vieira da Silva, à margem da cerimónia de acolhimento de 150 inspectores do Trabalho estagiários, que hoje decorreu no Centro Cultural de Lisboa.
'Portugal tem-se distinguido nos últimos anos por ter desenvolvido legislação no sentido de saber integrar os imigrantes que vivem e trabalham em Portugal, como nós gostamos que os nossos emigrantes sejam integrados nas sociedades onde vivem, e é isso que continuaremos a fazer, sem nenhuma segregação, sem nenhuma xenofobia', acrescentou, recusando também a ideia de proteccionismo.
Vieira da Silva explicou que a decisão do Executivo resulta de uma diminuição de ofertas de emprego por parte das empresas que requisitam trabalhadores ao Instituto de Emprego e Formação Profissional, um indicador que, referiu o ministro, 'permite estimar um volume de entradas de imigrantes em Portugal'.

