in Correio da Manhã
Barack Obama frisou durante discurso de aceitação do Nobel da Paz, em Oslo, que a guerra é necessária para lutar pela paz e por um mundo melhor, embora reconheça a importância do papel das instituições para atingir estes objectivos.
O presidente dos Estados Unidos afirmou que os antigos povos e civilizações usavam a guerra para resolver toda a espécie de diferendos. No entanto, com o passar do tempo, os filósofos, diplomatas e estadistas tentaram controlar a violência entre os grupos, introduzindo o conceito de guerra justa, em que a força utilizada se adequava à ameaça e os civis eram poupados à morte.
Este conceito, afirma o presidente, tem sido raramente observado ao longo da História, como comprovam as duas guerras mundiais. A guerra revelou-se necessária para vencer a Alemanha, pois o idealismo e a esperança por si só não bastavam.
“A guerra é necessária e é um reflexo dos sentimentos humanos”, declarou o presidente. Recordamos que os EUA acabaram de enviar mais 30 mil soldados para o Afeganistão e que o conflito militar no Iraque continua sem fim à vista.
Apesar disso, Obama refere que necessitamos de apostar na acção das instituições internacionais, como a Liga das Nações e a ONU, para manter a paz. No período, pós-guerra, acrescenta, milhões saíram da pobreza com a ajuda do plano Marshall e caminharam em direcção à liberdade e à autodeterminação.
O presidente disse que os EUA estão orgulhosos pelo papel que desempenharam na libertação dos povos, lembrando ainda que a nação americana contribui para a manutenção da paz durante mais de seis décadas.
Na sua opinião, os americanos herdaram a força das gerações anteriores e conseguirão no presente alcançar a paz através do trabalho árduo.

