in Jornal Público
Os rapazes aventuram-se mais do que as raparigas, que são mais cuidadosas sobre a sua vida sexual. Eles começam a ter relações sexuais mais cedo e assumem mais comportamentos de risco; elas são mais preocupadas. Pela primeira vez, a equipa de Margarida Gaspar de Matos alargou o estudo ao ensino superior. São as raparigas que têm mais conhecimentos relativamente aos riscos do VIH/sida. Os rapazes respondem com mais frequência "não sabe".
Elas têm uma atitude mais positiva do que eles. Por exemplo, se a esmagadora maioria das raparigas responde que "a contracepção faz parte de uma sexualidade responsável", a maioria dos rapazes considera que "o sexo é uma parte muito importante da vida". À afirmação "sinto-me melhor comigo próprio quando uso métodos contraceptivos", 78 por cento das raparigas dizem que sim - mais 14 por cento que os rapazes.
Oito em cada dez iniciaram a vida sexual a partir dos 16 anos, eles mais cedo do que elas. Quatro em cada dez dizem ter uma relação amorosa há mais de dois anos e 84 por cento têm relações sexuais. Responderam 3278 alunos, com uma média de idades de 21 anos. O estudo foi financiado pelo Alto-Comissariado da Saúde.