in Público on-line
O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) considera “urgente” a simplificação das regras para as creches, lares e instituições que apoiam pessoas com deficiência de forma a permitir ajudar mais utentes.
Cerca de 600 mil pessoas recorrem diariamente às instituições da CNIS, que oferecem serviços desde a primeira infância à terceira idade. O presidente da confederação, Lino Maia, quer que estas organizações ajudem ainda mais gente. Para tal é preciso "simplificar os processos burocráticos" e fazer "exigências menos exorbitantes".
Em declarações à agência Lusa, aponta como instituições prioritárias as “creches, os lares e as instituições que apoiam pessoas com deficiência”.
Sem esquecer a importância de garantir a “qualidade das respostas sociais", o presidente da CNIS lembra que ao longo dos últimos anos foram surgindo por vezes exigências insustentáveis que vieram apenas “tornar os serviços mais caros”.
Lino Maia lamenta que os governos tenham vindo a “alterar as exigências nem sempre de forma consistente fazendo disparar os custos, nomeadamente nos lares de idosos e nas creches". O presidente deixa um aviso: "Não se pode estar sempre a alterar as regras do jogo”.
Entre as medidas previstas no programa do novo Governo para a área da solidariedade social, está a transferência de poderes para quem trabalha no terreno e a possibilidade de as organizações poderem acolher mais utentes, desde que esteja garantida a qualidade dos serviços.
Lino Maia congratula-se com as medidas, sublinhando que algumas das propostas agora anunciadas tinham sido já apresentadas pela CNIS antes da campanha eleitoral.
“Há um conjunto de orientações, que aparecem no programa do governo, que talvez venha atenuar as dificuldades das instituições”, disse o responsável, lembrando a crescente procura por parte dos utentes.
Lino Maia deverá reunir-se “em breve” com o novo ministro da Solidariedade e Segurança Social, Luis Pedro Mota Soares.

