in Jornal de Notícias
Nos últimos anos o perfil do campista mudou sobretudo na idade: agora são os mais jovens e os pré-reformados que ocupam a maior faixa de utilizadores.
Citado pela Agência Lusa, o presidente da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP), Fernando Oliveira Cipriano, que fala sobre o cenário de 40 dos mais de 200 parques de campismo de Portugal, diz que "hoje em dia nota-se que os grupos etários dos campistas se alteraram".
"Temos vindo a assistir a um aumento dos utilizadores nas faixas jovens, até aos 36 anos, e na faixa a partir dos 55, que corresponde aos pré-reformados e reformados", acrescentou. De resto, disse, "não há alterações de maior no perfil" do campista.
"Continuamos a ter aqui do operário ao doutor - médicos, professores universitários, operários e provavelmente muitos desempregados", afirmou.
Fernando Oliveira Cipriano disse também esperar o regresso ao campismo da classe média, "a que está a sofrer mais com os impostos".
Famílias que "já não podem fazer aquelas férias que muitas faziam a nível do arrendamento", pelo que o responsável considera que "é muito provável que voltem ao campismo para poderem fazer férias mais económicas".
Contudo, "o número de campistas federados, os que praticam campismo nos parques associativos, decaiu muito nos últimos anos". De acordo com o presidente, a FCMP conta agora com 40 mil federados, "mais as suas famílias". Há 15 anos eram cerca de 120 mil federados.
"As pessoas deixaram também de fazer campismo em termos de campismo desportivo e passaram mais preferir um campismo fixo, que corresponde a situações em que o material dos campistas fica nos campos", acrescentou.