in Diário de Notícias
São 658 as mulheres detidas em Portugal, a maioria por tráfico de estupefacientes - muitos 'correios' -, representando cinco por cento da população prisional. Vivem a prisão de forma diferente dos homens, não conseguem deixar a família à entrada e estabelecem relações afectivas e não violentas na cadeia.
Passámos alguns dias com essas mulheres no Estabelecimento Prisional Especial de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos, a segunda maior do País.
Assumem ter encontrado o amor numa mulher e são felizes; tentam criar os filhos no interior da prisão, que com elas partilham a cela e o vocabulário - também dizem ir "de precária" -; cortam, ou estabelecem novos laços, com os maridos, namorados e companheiros.