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O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social destaca, também, a dimensão pedagógica do novo plano de emergência social.
O novo plano de emergência social apresentado hoje pelo Governo é realista e respeita a dignidade das pessoas e instituições, afirma D. Carlos Azevedo.
Em declarações à Renascença, o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social considera positivas as medidas anunciadas pelo Executivo.
“Parece-me um programa amplo, concreto e abrangente, o que revela conhecimento e respeito pela dignidade das pessoas e, também, pelo trabalho das instituições”, afirma o Bispo auxiliar de Lisboa.
As avaliações semestrais, refere D. Carlos Azevedo, “permitirão corrigir e endereçar os recursos para o que for visto como mais urgente”. O Bispo prevê que o desemprego atinja os 15% em breve e “exigirá uma redobrada atenção”.
D. Carlos Azevedo dá ainda exemplos de alguns aspectos a ter em atenção na implementação do plano de emergência social: “Vejo que há a necessidade de uma coordenação, sobretudo nas grandes cidades e terá de encontrar-se um meio eficaz de resposta dada a escassez de vizinhança que existe noutros lugares do país.”
O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social destaca, também, a dimensão pedagógica do plano de emergência social, “não só para as escolas, como para os adultos”, para ajudar as pessoas a saírem deste tipo de situações.
D. Carlos Azevedo sublinha, no entanto, que não viu no discurso do ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, nenhuma referência directa ao apoio ao cultivo dos campos, mas espera que esteja incluído nas várias iniciativas do plano.