Francisco Teixeira, in Económico
Plano de emergência social promove a criação do próprio emprego e apoia as IPSS.
O Governo quer facilitar o acesso ao crédito de instituições particulares de solidariedade social e de desempregados que pretendem criar o seu próprio emprego. Os dois objectivos estão contemplados no plano de emergência social que está previsto no programa de Governo e que será hoje apresentado de forma a amenizar as consequências que a crise e os cortes orçamentais têm provocado junto das camadas da população mais desfavorecidas.
Ao Diário Económico, o ministro da Segurança Social explica que através da linha de micro-crédito o Executivo pretende "promover a empregabilidade, dinamizando a economia, fomentando o empreendedorismo, ao mesmo tempo que se combate a exclusão social".
Pedro Mota Soares sustenta ainda que o "regresso de desempregados ao mercado de trabalho" será uma prioridade deste programa, tendo em conta que este flagelo social tenderá a aumentar. As previsões do próprio Governo, apresentadas pelo ministro das Finanças há cerca de um mês, apontam para um desemprego histórico de 13,2% no final do próximo ano.
Tanto PSD como CDS há muito que defendem um reforço do papel do terceiro sector no combate aos efeitos da crise e, agora, o Ministério da Segurança Social acaba por contemplar medidas específicas para as instituições que desempenham funções nesta área.
As IPSS contarão mesmo com a criação de uma linha de crédito específica que promova o "investimento e reforce as suas actividades" de forma a alargar a sua área de intervenção e a modernizar muitos dos serviços que já são prestados.
Os valores destas duas linhas de crédito não foram divulgados.

