in Público on-line
O aumento do IVA (de 6% para 23%) aplicado ao gás e à electricidade a partir de Outubro poderá implicar cortes no aquecimento e até em actividades curriculares em vários estabelecimentos, teme o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Adalmiro Lourenço.
Citado pelo Diário de Notícias, o presidente da associação sublinha que este agravamento, associado aos cortes no financiamento do ensino público, está a deixar preocupados "muitos colegas", que não sabem como "vão conseguir manter as escolas em funcionamento, sobretudo com esta despesa de IVA".
"O maior gasto nas escolas é electricidade e gás. O aumento do IVA é substancial e vai ser com dificuldade que as escolas vão ter capacidade para suportar este aumento, até porque os orçamentos das escolas já estão bastante esmagados. As escolas vão ter de pagar, obviamente, e vamos ter de fazer cortes onde seja possível, nas actividades curriculares e, provavelmente, no aquecimento”, precisou Adalmiro Lourenço, em declarações à Rádio Renascença.
O presidente da associação acredita, ainda assim, que será possível dialogar com o Governo e eventualmente conseguir descontos para as escolas junto das empresas de electricidade e gás natural.

