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Numa altura em que os portugueses todos dias ouvem que vão ter menos dinheiro na carteira, a Renascença falou com economistas e percebeu que a fuga aos impostos deve disparar nos próximos tempos, contribuindo para o aumento da economia paralela.
“Atendendo a que a carga fiscal vai aumentar, é de esperar um aumento do peso da economia não registada”, refere o economista Óscar Afonso, responsável por um trabalho sobre o Índice da Economia Não Registada.
É neste sentido que aponta a experiência do passado e que vão os estudos realizados na área.
O economista João Ferreira do Amaral alerta, por seu lado, para a forte possibilidade de a fuga aos impostos, a par do esperado aumento da redução da actividade económica, fazerem com que as receitas fiscais não aumentem, apesar da forte carga fiscal.
“Teremos que estar preparados para o aumento da fuga, o que agravará mais a situação. Bastará a redução da actividade económica que se prevê neste momento – e que provavelmente até estará abaixo do que será no próximo ano – para que haja um sério risco de as receitas fiscais não aumentarem, apesar de aumentarem as taxas”, afirma.
Os últimos números conhecidos sobre a economia não registada em Portugal são de 2009: na altura já representava um quarto do Produto Interno Bruto (PIB).

