in Jornal de Notícias
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou, esta sexta-feira, que os números de inscritos nos centros de emprego irão aumentar com a inscrição de beneficiários de rendimento social de inserção e diz que aquela prestação social fez "perpetuar a pobreza".
"Quando hoje sabemos que há uma percentagem elevada de portugueses que se manteve na pobreza simplesmente porque foi apoiada desde o início, reiteradamente, desde que a prestação foi criada, em vez de terem sido criados mecanismos que permitissem a integração social e económica dessas pessoas, aquilo que nós dizemos é que é preciso corrigir essas situações", afirmou Passos Coelho.
Respondendo a uma questão colocada pelo líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, o primeiro-ministro afirmou que o executivo não quer "perpetuar a pobreza", mas sim "permitir que as pessoas ganhem autonomia e possam ser socialmente e economicamente integradas".
"Essa é a razão pela qual não nos conformamos com a existência de quase 60 mil portugueses que têm capacidade ativa para poder procurar emprego e que não estão inscritos nos centros de emprego", afirmou.
Passos disse que a inscrição dessas pessoas nos centros de emprego fará "elevar o número da estatista dos centros de emprego quando referirem o desemprego".
"Fica já dito por antecipação: Sim, as estatísticas irão aumentar no centros de emprego, para refletir também esta situação, de tal forma que seja possível ajudar estes portugueses a ter um oportunidade de emprego", disse, dirigindo-se às bancadas do PCP, BE e PEV.
Passos Coelho disse que saber "que houve abusos" na atribuição do rendimento social de inserção (RSI) que persistiram porque "houve complacência, porque não houve exigência na atribuição dessas prestações" .
"As pessoas consideraram que era preferível cegamente distribuir dinheiro do que verificar se o dinheiro dos contribuintes estava a ser destinado aqueles que verdadeiramente precisam dessas prestações", defendeu.

