Por Virgínia Alves, Dinheiro Vivo
A taxa de inflação recuou para 2,7% em Maio, com o vestuário e o calçado a contribuirem mais para este recuo com uma descida de 5% face há um ano, já a habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis estão mais caros que há um ano em 10%.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE) a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) situou-se em 2,7%, "valor inferior em 0,3 pontos percentuais ao registado no mês anterior".
Entre as contribuições positivas para a taxa de variação homóloga do IPC, destaca-se a da classe da Habitação,
água, eletricidade, gás e outros combustíveis, que subiram 10% face ao mesmo mês do ano passado.
Nas classes com contribuições negativas para a variação homóloga do IPC salienta-se a classe do Vestuário e Calçado, cujo preço médio em Maio era 5,47% inferior ao que se registava há um ano.
Das classes em análise o INE regista ainda a subida de preços da classe dos restaurantes e hotéis (+4,65%), dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (+ 2,64%), e dos transportes (+2,72%).
O INE destaca ainda a classe de saúde, quando comparada a taxa de variação homóloga de maio com a média das taxas de variação homólogas dos últimos três meses, que "registou uma desaceleração mais acentuada, devido à revisão do preço dos medicamentos genéricos".
Já a evolução do preço dos combustíveis, que tem vindo a descer, terá sido a principal causa para a desaceleração da evolução do preço dos transportes nos últimos três meses.
No que diz respeito à variação mensal em Maio, face a Abril os preços recuaram 0,4% em maio face a abril. "A classe com o maior contributo para a variação total do índice foi a da Saúde com uma variação mensal de -1,9%, seguida da classe dos transportes com uma variação mensal de -1,3%.
Numa comparação com os países da zona euro, e de acordo com a informação disponível para os países membros relativa a abril, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor português registou uma taxa de variação homóloga 0,3 pontos percentuais superior ao valor médio do grupo (2,6%).
Segundo o INE "em maio esta diferença ter-se-á mantido constante, de acordo com a estrimativa do Erostat".