Por Natália Faria, in Público on-line
As 125 fundações da Igreja Católica não recebem financiamento do Estado enquanto tal, mas apenas pelos serviços sociais que prestam.
“Não temos ajudas especiais enquanto fundações. As [fundações] de cariz social recebem do Estado as ajudas normais pelo serviço social que prestam de infantários, lares de terceira idade, serviços médico-sociais”, declarou ao PÚBLICO o porta-voz da Conferência Episcopal, Manuel Morujão.
A Inspecção-Geral de Finanças quer conhecer as fundações ligadas à Igreja Católica que ficaram de fora da primeira avaliação realizada pelo Governo no âmbito do acordo com a troika, segundo o Diário de Notícias desta terça-feira. O jornal adianta que o Governo quer conhecer a realidade destas fundações, saber que apoio receberam e que relação mantêm com o Estado.
“Não sei o que está a ser preparado, até porque ainda não recebemos qualquer informação da Inspecção-Geral de Finanças, mas imagino que queiram apenas ver as contas”, reagiu Manuel Morujão, para explicar que a opção pelo modelo fundacional prende-se em boa parte dos casos com a possibilidade, por exemplo, de poder passar recibos relativos a donativos dedutíveis em sede de IRS.
A primeira avaliação às cerca de 400 fundações visava proceder a uma avaliação do respectivo custo/benefício, tendo o Governo decidido reduzir o financiamento a umas e a extinção de outras.