14.3.13

Governo lamenta falta de atenção dedicada à economia social

in iOnline

O secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco António Costa, lamentou hoje que a economia social não esteja a receber atenção suficiente, um setor que representava, em 2010, 4,7% do emprego.

Na intervenção sobre o tema da economia social durante o XIII Encontro Nacional de Estudantes de Economia e Gestão, que começou hoje e decorre até domingo, no Porto, o secretário de Estado declarou que o setor "não tem tido a atenção suficiente" da sociedade portuguesa e que o país "não tem reconhecido o papel que esta economia tem no bem-estar de todos os portugueses".

Para além disso, o setor, que em dezembro apresentou uma conta satélite pela mão do Instituto Nacional de Estatística (INE) e que representava, em 2010, 2,8% do Valor Acrescentado Bruto nacional tem, para Marco António Costa, uma "importância estratégica para o desenvolvimento integrado" do país.

O objetivo da conta satélite e da obtenção de dados concretos sobre a economia social em Portugal é que, no âmbito do próximo quadro comunitário 2014-2020, seja possível defender junto da União Europeia "um lóbi suficientemente afirmativo" para constatar a importância da área.

O secretário de Estado lembrou que a economia social é o setor que "mais tem gerado emprego" em tempos de crise, sendo composto, na maioria, por instituições que "geram dinâmica nas microeconomias locais".

De acordo com informações do INE, a economia social equivalia, em 2010, "a 4,6% das remunerações, 5,5% do emprego remunerado e 4,7% do emprego total", caracterizando-se por uma "forte heterogeneidade".

No total, existiam 55.383 organizações, na maioria "associações e outras organizações da economia social", seguindo-se 2.260 cooperativas, 537 fundações, 381 misericórdias e 119 mutualidades.