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No reverso da medalha, a austeridade leva muitos casais a evitar ter filhos, alerta o padre Jardim Moreira.
No contexto da austeridade e do desemprego que atinge quase um milhão de portugueses, a família volta a ser olhada como um abrigo e, para muitos, o último refúgio para enfrentar as restrições financeiras, considera o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza (REAP).
Neste Dia Internacional da Família, o padre Jardim Moreira diz à Renascença que a família volta a ser encarada como uma célula fundamental da nossa sociedade.
“Na relação pais, filhos, avós, netos essa relação é muito evidente em muitos casos em que as pessoas partilham não só a casa, partilham também a alimentação e os seus magros possíveis rendimentos. A família aparece de novo como a célula fundamental onde cada um encontra abrigo”, refere.
“Penso que a família volta a retomar o seu valor essencial nesta aproximação de desgraças que atingem muita gente”, observa o padre Jardim Moreira.
Se a crise aproxima os portugueses da família, é preciso não esquecer, também, o reverso da medalha. O padre Jardim Moreira lembra que a austeridade leva muitos casais a evitar ter filhos e a família, sublinha, é uma chave essencial para a esperança no futuro.