15.5.13

Famílias portuguesas estão mais pequenas e com maior risco de pobreza

A Bola

Para assinalar o Dia Internacional da Família, que se celebra esta quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) traçou um perfil das principais mudanças nos agregados familiares portugueses entre 2001 e 2011, com especial enfoque nos riscos económicos.

Mais de um quarto dos portugueses não tinha, em 2011, capacidade para garantir o aquecimento adequado da casa e 3,1 por cento não tinha possibilidade de fazer uma refeição de peixe ou carne pelo menos de dois em dois dias, revelaram os dados dos Censos de 2011 destacados esta terça-feira pelo INE.

O número de famílias cresceu 11 por cento numa década, mas os agregados estão mais pequenos, e as famílias monoparentais, cada vez mais comuns, têm 27,9 por cento de risco de pobreza. A maioria destas famílias são constituídas por mulheres com filhos.

Ainda assim, como seria expectável, quanto mais numerosos forem os agregados familiares, maior é a taxa de privação material: em 2011, 24,3 por cento dos agregados em privação material severa eram constituídos por dois adultos com três ou mais crianças.

O número de casais sem filhos aumentou 4 por cento e o número de casais só com um filho subiu de 53,5 por cento para 58,4 por cento.

Os idosos, com 65 ou mais anos, constituem a maioria dos agregados familiares unipessoais e têm 28 por cento de risco de pobreza, risco esse que sobe para 30,1 por cento no caso das mulheres que moram sozinhas.