8.5.13

Fundo de Emergência Social apoia 20 estudantes

por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabral, in Diário de Notícias

O Fundo de Emergência Social da Universidade do Minho, criado em março, presta apoio a cerca de vinte estudantes, um número "um pouco aquém" das expectativas mas que não significa "falta de necessidade" por parte dos estudantes.

Segundo explicou à Lusa o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, Carlos Videira, os estudantes da academia minhota recorrem a este fundo essencialmente para o pagamento de propinas, impressões de teses de mestrado ou dissertações e para pagar a residência universitária.

Esta "ajuda adicional" aos estudantes minhotos foi criada pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) em consonância com a Reitoria da instituição e com os serviços sociais da universidade, com um valor inicial de 120 mil euros.

"Este não é um fundo de substituição da ação do Sistema de Ação Social. Serve, sim, para acudir a situações urgentes e de grande complexidade que por vezes os regulamentos, por serem universais, não têm a capacidade para dar resposta", ressalvou Carlos Videira.

Dois meses após ter entrado em funcionamento, o Fundo de Emergência Social presta apoio a cerca de duas dezenas de estudantes, que podem receber no máximo o valor da propina anual em vigor na Universidade do Minho, 1.037 euros.

"É um número um pouco aquém do esperado", admitiu o responsável académico, que não vê neste número "falta de situações de necessidade".

"O regulamento define que cada estudante só pode usufruir deste apoio uma vez por ciclo de estudos e talvez os estudantes se estejam a tentar salvaguardar para uma situação ainda mais limite", explanou, até porque, disse, apesar do número diminuto de pedidos de ajuda concretos, "os pedidos de informação foram às centenas".

Com uma verba inicial de 120 mil euros, resultantes da diferença entre a propina de 2011/2012 e a de 2012/2013 - cerca de 30 euros por estudante -, os responsáveis pelo Fundo esperam que o valor disponível aumente.

"Esperamos que esta verba seja enriquecida com a contribuição de entidades ou instituições pela própria atividade de 'fundraising' que a universidade esta a levar a efeito", apontou, além de a própria AAUM ter outra "campanha" de angariação em vista.

As Monumentais Festas do Enterro da Gata, a decorrer de 10 a 18 de maio, vão em 2013 ter outra função, além das festividades académicas.

"Por cada bilhete vendido para o "enterro", 10 cêntimos vão reverter a favor do Fundo. Além disso vamos pedir a todos os artistas que passem pelo palco das festas para pintarem uma tela, que será depois leiloada", informou.