por Teresa Almeida, in RR
São cada vez mais as carências alimentares vividas pelas famílias portuguesas. Falhas que as instituições tentam suprir.
As “Mulheres de Sangue Azul” começaram a actuar no pico da crise, apenas para ajudar os mais necessitados dentro da claque do Futebol Clube do Porto, à qual pertencem. Mas cedo perceberam que o âmbito tinha de ser alargado e agora apoiam qualquer núcleo familiar em dificuldades.
Hoje, chegam a casa dos mais que mais precisam todos os dias, com todo o tipo de bens essenciais, inclusive frescos como carne, peixe e fruta.
“Conseguimos ter dinheiro para os frescos, porque as pessoas depositam na nossa conta, temos uma pessoa peixeira que nos dá o peixe, temos uma senhora de uma furtaria que nos ajuda com os legumes e dão-nos fraldas, leite…”, conta a voluntária Mónica.
Ajudar é como apoiar um vizinho, dizem, pelo que se consideram diferentes das outras instituições.
Maria João é mãe de uma menina e faz parte de uma família sinalizada pela Comissão de Protecção de Menores do Porto. É também uma das ajudadas pelas “Mulheres de Sangue Azul”, a quem chama os seus “anjinhos”.
A ajuda, por vezes, vem donde menos se espera, em troca de nada.