por Luís Reis Ribeiro, in ">Dinheiro Vivo
A Organização para o Desenvolvimento e a Cooperação Económica (OCDE) irá transmitir ao primeiro-ministro português formas de o Estado ajudar a economia a regressar ao crescimento, diz fonte oficial da instituição.
"Durante a sua visita, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, irá reunir com o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría".
"O senhor Passos Coelho irá também intervir no conselho dos embaixadores da OCDE e participar em discussões com oficiais de alto nível da OCDE que lhe apresentarão resumos dos trabalhos da organização sobre o aumento da produtividade, melhorias das qualificações e criação de emprego e o papel do Estado no suporte ao crescimento inclusivo", refere a mesma fonte oficial por email.
Passos Coelho e Gurría darão uma conferência de imprensa conjunta na próxima terça-feira, 14 de maio, pelas 11h30 (hora de Lisboa).
Tal como noticiou o Dinheiro Vivo em janeiro, temas como novos cortes no subsídio de desemprego de quem tem mais anos de trabalho, redução dos salários públicos, com especial incidência nos funcionários menos qualificados, e aumento do horário de trabalho no sector público deverão ser algumas das propostas que a OCDE verterá no novo estudo.
Recomendações que, aliás, em pouco de desviarão das do FMI e das ideias do Governo. Tal como referiu o próprio Fundo, no seu polémico estudo sobre como "repensar" o Estado em Portugal, um trabalho "orientado" pelos ministérios de Vítor Gaspar e de Paulo Portas.
Muitas das sugestões para a reforma do Estado hoje em voga e defendidas pelo Governo de Passos como ponto de partida para "negociar com os sindicatos e a oposição" já surgiram, aliás, em relatórios prévios e recentes da OCDE (em 2012). Para além das ideias referidas, o trabalho conterá uma lista exaustiva de outras políticas que se podem implementar.

