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Muitas instituições de solidariedade social enfrentam sérias dificuldades para continuarem activas. Presidente da CNIS sugere a reactivação das casas do povo, sobretudo no interior, “onde muitos equipamentos foram desactivados”.
A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) apela ao Governo que faça um esforço redobrado no apoio aos mais necessitados e reafirma que muitas instituições estão em risco de colapso face às dificuldades financeiras.
“Algumas estão perante esse risco sério. Estamos a tomar providências em apoio com o Estado para que isso seja evitado, porque estas instituições são a grande almofada social. Se elas colapsarem, é porque já tudo acabou”, afirma à Renascença o presidente da CNIS, padre Lino Maia.
As mais necessitadas são as que ajudam as populações “do interior, com envelhecimento mais acentuado e menos actividade económica”.
Apesar de aprovado pelo Governo um fundo de 30 milhões de euros para as instituições, o padre Lino Maia recorda que faltam pormenores para que a verba seja activada, como “fazer um diagnóstico de cada instituição em que ele vai intervir”.
“Para já, está só a CNIS a intervir numa ou noutra instituição”, refere.
Reactivar as Casas do Povo
Neste dia nacional da CNIS, a confederação lança um conjunto de propostas ao Governo, em especial para o interior do país. O presidente da CNIS sugere, por exemplo, o restabelecimento das Casas do Povo.
“Queremos, sobretudo, intervir na dinamização local, na coesão territorial e nesse sentido apontados para a criação de uma espécie de Casa do Povo pelas aldeias, onde muitos equipamentos foram desactivados e as instituições podem ser o grande factor de reactivação da economia”, explica o padre Lino Maia.
As Casa do Povo assumiam a função de realizar a previdência social. A Renascença foi perceber como funciona uma das poucas ainda existentes e que está localizada no distrito de Viseu, em Abravezes.
Criada a 21 de Março de 1935, apoia 250 famílias beneficiárias do rendimento social de inserção e tem valência de creche, atendimento e acolhimento à vítima de violência doméstica.
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Conforto, tranquilidade e dignidade na última fase da vida
Os lares de terceira idade são a resposta para muitos idosos em situação de risco ou de perda de independência e/ou autonomia. É nestas instituições de solidariedade social, espalhadas por todo o país, que os seniores encontram uma morada, apoio social e cuidados de saúde e afecto.
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