por Lusa, in Diário de Notícias
A taxa de desemprego deverá ter-se agravado nos primeiros três meses do ano para os 8,5 por cento, segundo a média dos analistas ouvidos pela Lusa.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga sexta-feira as estatísticas do emprego do primeiro trimestre do ano, depois de ter apontado uma taxa de 7,8 por cento no último trimestre do ano passado.
Segundo o economista-chefe do Santander Totta, Rui Constantino, a taxa de desemprego terá subido entre Janeiro a Março para os 8,3 por cento "à medida que as empresas acentuaram o seu processo de reestruturação e aumentou também o número de processos de insolvência".
Para o especialista, o desemprego deverá "continuar a aumentar ao longo do ano", devendo fechar 2009 acima dos 9 por cento.
"Mesmo que se assista a uma estabilização da actividade, as empresas serão mais conservadoras na recontratação, num contexto de elevada folga da economia e que será extensivo aos demais países europeus", sustenta Rui Constantino.
De acordo com Rui Serra, do departamento de estudos do Montepio Geral, "a avaliar pelo forte aumento do desemprego registado", a taxa deverá situar-se nos 8,5 por cento.
A confirmar-se este valor, nota, "será a taxa de desemprego mais elevada desde o segundo trimestre de 1987".
Paula Gonçalves Carvalho, do BPI, por sua vez, espera que a taxa de desemprego se tenha situado nos 8,8 por cento nos três primeiros meses do ano.
As estimativas do Governo apontam para uma taxa de desemprego em 2009 na ordem dos 8,5 por cento, enquanto que as da Comissão Europeia perspectivam uma evolução para os 9,1 por cento e as do Fundo Monetário Internacional para os 9,6 por cento.

