Por Bárbara Wong, in Jornal Público
O Governo quer alargar o programa Novas Oportunidades aos empresários, sobretudo aos das pequenas e médias empresas. O projecto vai arrancar no próximo ano, em parceria com as confederações patronais e o Instituto de Emprego e Formação Profissional, informa Luís Capucha, presidente da Agência Nacional para a Qualificação (ANQ).
O objectivo é que o tecido empresarial, com fracas habilitações literárias, possa fazer formações certificadas. Actualmente, cerca de 70 empresas têm protocolos de cooperação, com o objectivo de certificar os seus funcionários, pois "sentem o retorno" desse investimento, avalia Maria do Carmo Gomes, vice-presidente da ANQ. "Não é formação profissional mas qualificação do ponto de vista educacional", sublinha.
Para já, 1.306.173 pessoas estão inscritas no programa, mas só 329.838 foram certificadas. Estes números vão subir até ao final do ano porque as equipas de certificação foram reforçadas com mais 435 avaliadores externos, responsáveis por ler os portfólios apresentados pelos candidatos. De recordar que o projecto prevê a certificação inicial e promover a aprendizagem ao longo da vida.
Luís Capucha desvaloriza as críticas ao programa e lembra que a ANQ apresentou queixa ao Ministério Público contra "indivíduos que vendiam portfólios". Mais: as queixas que a ANQ recebe são de quem considera o programa "muito exigente". Na segunda-feira realiza-se um encontro sobre o Centro Novas Oportunidades, em Lisboa, onde serão conhecidos os resultados de um estudo que revela a importância do projecto na vida das famílias dos participantes.

