in Diário de Notícias
O Programa de Emergência Social (PES) "não é um slogan", sustentou hoje em Faro o secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Marco António Costa, referindo que aquele plano "sinaliza uma preocupação do Governo".
Lançado há um mês, o PES, afirma aquele governante, "sinaliza na sociedade portuguesa fenómenos de exclusão social" que, sublinha, "começam a ganhar novas formas", alertando também os portugueses "para essa preocupação". Marco António Costa falava hoje aos jornalistas no Refúgio Aboím Ascensão, em Faro, à margem de uma visita na qual estiveram também presentes deputados e presidentes de autarquias do Algarve.
De acordo com o secretário de Estado, o Governo não tem cortado em instituições do sector social, nem tem seguido uma atitude "cega" ou "meramente administrativa e financeira". O governante lembrou ainda que, apesar de 2011 ser de austeridade, é também o ano em que se vão descongelar as pensões mínimas ou alargar o número de vagas em creches. O director do Refúgio, Luís Villas Boas, aproveitou para criticar o recurso a amas que cuidam de crianças em risco, defendendo a "replicação do modelo de Emergência Infantil" usado na instituição que dirige.
Villas Boas reclama há muito a criação de um sistema nacional de Emergência Infantil para agilizar o acolhimento temporário de crianças o que, diz, permitiria ao Estado poupar dinheiro. Aquele modelo foi implementado no Refúgio Aboím Ascensão em 1985, tendo este sido o primeiro centro de acolhimento temporário de emergência a ser criado em Portugal para crianças em risco dos zero aos seis anos.

