Combate ao desemprego jovem é prioridade ibérica

Liliana Coelho, in Expresso

Passos Coelho e o seu hómologo espanhol apelaram hoje à necessidade de uma maior resposta europeia para o crescimento e emprego.

O primeiro-ministro, Passos Coelho, disse hoje em Madrid que o desemprego é um dos maiores problemas que afetam a Pensínsula Ibérica, sendo que o desemprego jovem é uma "verdadeira tragédia", que precisa de ser urgentemente resolvida através de programas.

"O combate ativo a este flagelo precisa de ser reforçado já que poderá ter um profundo impacto social e isso está certamente no centro das políticas dos dois países", afirmou Passos Coelho na conferência de imprensa da XXVI Cimeira Luso-Espanhola.

Segundo o primeiro-ministro português, os dois países vão apostar no maior "intercâmbio de experiências e boas práticas, nomeadamente neste domínio dos programas de combate ao desemprego, e continuarão a impulsionar outras iniciativas de incentivo à formação, à contratação e apoio ao empreendedorismo com um destaque muito especial para o sector cooperativo social."

Passos Coelho sublinhou ainda que os "resultados das reformas por vezes tardam", mas tanto Portugal, como Espanha estão a cumprir com os compromissos.

Maior resposta europeia


Também o chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, defendeu que o desemprego jovem é uma "prioridade" em ambos os países e apelou à necessidade de uma maior resposta europeia para o emprego e crescimento.

"Necessitamos de uma resposta europeia mais intensa. São essenciais os acordos adotados nos Conselhos Europeus, nomeadamente o compromisso quanto à união bancária e económica. O primeiro-ministro Passos Coelho e eu concordamos que a União Europeia pode e deve fazer mais, demonstrando o mesmo empenho que estamos a demonstrar nós, os Estados-membros, para assegurar a estabilidade da zona euro", declarou Rajoy.

"Não temos tempo a perder, os próximos meses serão muito importantes para afirmar posições e somar esforços", sublinhou.

Passos Coelho defendeu igualmente não ser possível ultrapassar a crise sem uma "resposta europeia mais intensa."