in Jornal de Notícias
Mais de um quarto dos portugueses afirmam não conseguir ter a casa devidamente aquecida e 3,1% diz não ter capacidade para fazer uma refeição de carne ou peixe pelo menos de dois em dois dias, segundo dados de 2011.
A propósito do Dia Internacional da Família, que se assinala na quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje dados referentes aos Censos de 2011 que mais diretamente dizem respeito aos agregados familiares em Portugal.
Relativamente à privação de bens, 3,1% das pessoas em agregados familiares referia em 2011 não ter capacidade para fazer uma refeição de carne, peixe ou equivalente vegetariano pelo menos a cada dois dias. Nas famílias em risco de pobreza, esta proporção sobe para 8,4%.
A falta de capacidade para manter a casa adequadamente aquecida foi assinalada por 26,8% das famílias, subindo para 44% no caso na população em risco de pobreza.
Em 2011, quase um terço das famílias dizia não ter capacidade para assegurar o pagamento imediato de uma despesa sem recorrer a empréstimo, uma dificuldade mais sentida nos agregados com crianças.
A impossibilidade de pagar uma semana de férias por ano fora de casa era indicada por mais de metade das famílias (57%) e pela esmagadora maioria (84%) da população em risco de pobreza.