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19.10.20

RUTIS distinguida com o prémio ‘Envelhecimento Ativo’ da Fundação Inatel

in Correio do Ribatejo

O prémios da Fundação Inatel visam prestar homenagem a homens, mulheres, organizações e instituições que contribuíram, e que continuam a contribuir, todos os dias para uma sociedade mais justa, nos planos da solidariedade e da economia social, com especial atenção à promoção da cidadania e da inclusão, à coesão intergeracional e ao envelhecimento activo

No dia seguinte, dia 14 de Outubro, a instituição realizou a sua XIV Reunião Magna no Cine Teatro de Almeirim, onde estiveram presentes mais de 40 representantes de universidades seniores de vários pontos do país.

Na reunião debateram, entre outros assuntos, o funcionamento destes projectos em tempos conturbados, de pandemia e de incertezas. A grande maioria dos presentes mostrou a sua apreensão com o fecho de algumas universidades seniores (25%), a diminuição de alunos e salientou a importância da continuidade do projecto para a saúde mental dos seniores que o compõem.

A reunião foi transmitida online para todo o país e incluiu ainda uma palestra sobre “Formação à distância” e a entrega do Prémio RUTIS 2020 ao Instituto Português da Juventude e do Desporto, que foi recebido pela sua vice-presidente, Sónia Paixão.

A Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS) é uma IPSS, criada em 2005, de apoio à comunidade e aos seniores, de âmbito nacional e internacional, com sede em Almeirim, que atribui o prémio anual RUTIS a pessoas ou entidades que mais têm apoiado as universidades seniores, destacando este ano o trabalho desenvolvido pelo IPDJ em prol da terceira idade.

24.5.12

Há sete instituições de ensino superior com ofertas para a terceira idade

in Público on-line

Sete instituições de ensino superior disponibilizam já programas de ensino formal para alunos seniores, uma oferta com tendência de crescimento em Portugal.

A Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS) desafiou esta sexta-feira, em Santarém, que essas instituições sejam “membros observadores”

O presidente da RUTIS, Luís Jacob, sublinhou a grande diversidade dos vários programas existentes, uma experiência “enriquecedora” que começou a surgir em Portugal há oito anos e de que as cerca de 190 Universidades de Terceira Idade existentes no país poderão beneficiar. Nesse sentido, Luís Jacob anunciou que a RUTIS vai convidar formalmente aquelas instituições a tornarem-se seus associados como “membros observadores”.

Sublinhando que, em Portugal, “venceu o modelo inglês”, de resposta de ensino informal, sem certificação e praticamente gratuito para a população com mais de 50 anos, Luís Jacob destacou o facto de, a partir de 2006, terem começado a surgir projectos a nível universitário, na linha do modelo francês.

“Não são concorrentes, são projectos que se complementam”, afirmou Luís Jacob, sublinhando que a tendência é para que este tipo de oferta continue a crescer, tanto porque as universidades procuram meios de financiamento, como porque a população sénior é tendencialmente “mais culta”.

Das universidades aos politécnicos

Existem programas no Instituto Politécnico de Leiria (IPL), na Universidade Técnica de Lisboa, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, na Universidade de Évora, na Universidade Católica do Porto, na Academia de Ciências de Lisboa e na Universidade dos Açores.

Mas, brevemente haverá mais instituições com oferta para os idosos. A RUTIS vai iniciar este ano, em parceria com o ISLA, uma pós graduação sobre “Cidadania Activa” para maiores de 50 anos; e a Escola Superior de Educação de Santarém está a preparar uma oferta de formação formal para esta população.

Os projectos variam entre uma oferta que permite aos alunos seniores, com formação inicial desde o 1.º ciclo ao superior, frequentarem as aulas normais dos vários cursos de licenciatura do IPL, complementadas por um conjunto de actividades paralelas, até à experiência, muito próxima da das UTI, da Universidade de Évora.

Neste caso, a Escola Popular da Universidade de Évora abriu a sua oferta de formação a todas as idades e a todos os níveis de escolaridade, num modelo totalmente gratuito e assente no voluntariado dos professores e na parceira com instituições e autarquias.

Com propostas assumidamente diferenciadas das das UTI, as universidades Técnica de Lisboa, do Porto e Católica do Porto impõem uma escolaridade mínima equivalente ao 12.º ano, tendo criado programas que contam com contributos das várias faculdades e possibilitando a obtenção de avaliação e certificação.

No caso da Academia de Ciências de Lisboa, desde 2010 que é oferecido um programa “de ensino superior de elevada qualidade”, em que é dada voluntaria e gratuitamente, “aos que querem saber mais, a possibilidade de acompanharem os avanços científicos e tecnológicos e as mudanças culturais”.

Na conferência foram ainda apresentados quatro projectos que estão a ser desenvolvidos pela ESES e pela RUTIS, um que estuda formas de a banca adaptar as suas páginas electrónicas e os écrans de Multibanco aos seniores, e os outros visando o intercâmbio dos alunos das UTI com outros países europeus.


2.5.12

Metade dos homens são levados pelas mulheres

in RTP

Metade dos homens que estudam nas universidades de terceira idade (UTI) portuguesas são levados pelas mulheres, que já as frequentam e constituem a grande maioria dos alunos (76 por cento), tal como acontece em todo o mundo.

A primeira UTI chegou a Portugal em 1976 com a criação da Universidade Internacional da Terceira Idade de Lisboa, no Chiado. Contudo, até 2000, o número destes estabelecimentos permaneceu limitado a Lisboa e ao Porto, ano em que se deu a "verdadeira explosão" de universidades seniores em Portugal, segundo a RUTIS - Associação Rede de Universidades da Terceira Idade

"Quando começámos a trabalhar, em 2001, havia 15 universidades e neste momento são 192. Também passámos de 1.500 alunos para 30.000", disse o presidente da RUTIS, que falava à Lusa a propósito do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo, assinalado este ano com várias iniciativas.

Nos últimos anos, têm surgido uma média de 20 a 30 universidades novas por ano, mas ainda "há espaço para crescer, criar mais universidades e ter mais alunos", adiantou Luís Jacob.

Este aumento, segundo o responsável, deve-se "à consciencialização pelo Estado e pela sociedade do papel dos mais velhos, ao envelhecimento da população, a uma maior exposição na comunicação social e à existência de uma rede organizada" de UTI.

As maiores universidades seniores estão localizadas em Almada, no Seixal, Barreiro, Gaia, Amadora e Loures, algumas das quais com 2.000 alunos.

Os alunos são maioritariamente mulheres (76%), com idade entre os 60 e 70 anos, reformados ou domésticas (80%) e com habilitações que vão desde a quarta classe ao doutoramento.

"A grande maioria das universidades (80%) trabalha com professores voluntários (cerca de 3.000)" e nalgumas zonas do país tem "professores a mais do que precisam", disse Luís Jacob.

Em Portugal perto de 30% das UTI foram criadas pelos próprios alunos, estando a maioria das universidades agregada a outra associação, Rotários, associações Culturais ou clube.

Ao longo dos tempos as faculdades autónomas têm perdido terreno em relação às integradas numa associação e autarquias, mas "o facto de estarem integradas numa estrutura não significa, em muitos casos, que os seniores não participem ativamente na gestão e organização da UTI", ressalva o responsável.

Luís Jacob lembrou que "o grande objetivo das faculdades seniores é social, um objetivo que é alcançado através da educação e da formação".

Mas há outros "grandes objetivos": o combate à solidão, ao sentido de inutilidade e à depressão, aprender e partilhar saberes.

Nesse sentido, sublinhou, "as universidades são um bom exemplo de envelhecimento ativo".

"Fizemos um estudo que revelou que os alunos das universidades seniores, em comparação com os outros idosos que não estão a trabalhar, são mais felizes, têm menos sintomas de depressão e consomem menos medicamento (em média, menos 20 por cento)", elucidou.