in Jornal de Notícias
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, explicou em Bruxelas as medidas adicionais de consolidação orçamental decididas pelo Governo português, que foram saudadas pelos seus parceiros da Zona Euro, disse o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.
Juncker, que falava no final de uma reunião dos ministros das Finanças do espaço monetário único, indicou que foi pedido ao ministro português que apresentasse "os detalhes das medidas adicionais decididas pelo Governo" na passada sexta-feira, e que já haviam recebido, nesse mesmo dia, o "aval da Comissão Europeia e Banco Central Europeu (BCE)".
"Nós, por nosso lado, congratulamo-nos com estas medidas suplementares, que consideramos corajosas e ambiciosas", afirmou.
Segundo o presidente do Eurogrupo, além de contribuírem para atingir os objectivos de défice traçados para 2011 (de 4,6 por cento do PIB), 2012 (3,0 por cento) e 2013 (2,0 por cento), "estas medidas aumentarão também o potencial económico de Portugal e deverão assim assegurar a viabilidade da dívida pública portuguesa".
Teixeira dos Santos anunciou na passada sexta-feira, em Lisboa, o reforço das medidas de consolidação orçamental ainda em 2011 e até 2013, que o primeiro-ministro José Sócrates "levou" até à cimeira da Zona Euro celebrada no mesmo dia em Bruxelas, e que foram imediatamente "saudadas e apoiadas" pelo executivo comunitário e BCE.
Sócrates, explicou na madrugada de sábado em Bruxelas, no final da reunião dos líderes da Zona Euro, que as medidas avançadas pelo Executivo para 2011 não precisam de ser aprovadas pelo Parlamento visto serem de redução da despesa, mas o mesmo não acontece para 2012 e 2013.
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, revelou todavia na mesma altura que essas medidas não contarão com o voto dos sociais-democratas.