Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas, in Jornal Público
A presidência francesa da União Europeia (UE) convocou ontem uma nova cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo dos Vinte e Sete para o dia 7 de Novembro. Este encontro destina-se a preparar a cimeira internacional da semana seguinte para a refundação do sistema financeiro internacional.
Sob a pressão dos europeus, o presidente americano, George Bush, convocou uma cimeira entre os oito países mais ricos do Mundo (França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Japão e Rússia), a UE e as grandes economias emergentes (África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México e Turquia) para 15 de Novembro, em Washington. O objectivo é analisar a forma de evitar que a crise financeira se transforme numa grave e duradoira recessão mundial e que os problemas das economias sejam ultrapassados.
Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, procurou, por seu lado, ontem, convencer a China a desempenhar um papel neste processo, em troca de um reforço do seu peso nas estruturas financeiras internacionais. "Precisamos de uma resposta global coordenada para reformar o sistema financeiro internacional", afirmou, esperando que "a China forneça uma importante contribuição para a solução desta crise financeira".
"Será uma grande oportunidade para a China mostrar um sentido das responsabilidades", afirmou o presidente da Comissão Europeia, considerando, simultaneamente, que "a China pode e deve ter uma voz mais forte nas instituições financeiras internacionais".