in Jornal de Notícias
O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Donald Kaderuka, defendeu hoje que a resposta de África à crise financeira mundial tem que ser "global, coordenada e inclusiva".
Falando em Tunes na abertura de um seminário que reúne ministros das finanças e governadores de bancos centrais de cerca 30 países do continente mais pobre, Kaderuka disse que as nações africanas têm que "agarrar as oportunidades que surgirem para tirarem o povo de pobreza".
"Esta não é a altura para rejeitar a globalização (...) os países africanos têm que estar empenhados, agarrarem as oportunidades que surgirem para tirarem o nosso povo da pobreza e, ao mesmo tempo, fazer com que a nossa voz seja seriamente ouvida, na busca da forma como melhor gerir o capitalismo global", disse Kaderuka.
Na capital tunisina, os líderes financeiros africanos procuram uma posição conjunta para ser levada à cimeira de Washington do G20 a 15 de Novembro, numa altura em que a crise financeira começa a fazer sentir-se em África.
Antes da crise financeira, as economias do continente cresciam a uma média de 6,5 por cento mas as actuais estimativas do Banco Africano de Desenvolvimento baixaram-nas para 5 por cento.
"Os países mais fracos e encurralados serão os que sofrerão mais para manter a performance económica e para ultrapassar a crise", advertiu Kaderuka.
O G20 compreende os membros do G8, mais a África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México e Turquia e UE (representada pelo seu Presidente em exercício).
LAS.
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