in Jornal de Notícias
As exportações diminuíram 6,5% em setembro, a primeira quebra desde o início do ano, devido à retração do comércio intracomunitário e à paralisação dos portos nacionais provocada pela greve dos estivadores.
Para a variação homóloga negativa registada em setembro contribuiu essencialmente a diminuição de 8,3% nas expedições para o espaço comunitário, sobretudo das componentes Automóveis de Passageiros, Partes e Acessórios e Máquinas e Aparelhos.
Em termos mensais, as exportações intracomunitárias aumentaram 19,6% face a agosto, impulsionadas pela rubrica Veículos e outro material de transporte.
As exportações para fora da Europa desceram 1,5% em setembro, em termos homólogos, e 17% relativamente ao mês anterior, uma quebra que o Instituto Nacional de Estatística atribuir à "paralisação de alguns portos nacionais", já que se 80% destas expedições são feitas por via marítima.
As saídas de bens por esta via caíram 18% em setembro face a agosto, acrescenta o INE.
Também as importações caíram em setembro, registando uma descida de 8,4% face ao mês homólogo.
Em termos mensais, as entradas contabilizaram um acréscimo de 7,2%, devido ao aumento no comércio intracomunitário (15,2%), enquanto as importações extracomunitárias apresentaram uma tendência inversa (-7,7%).
No terceiro trimestre, as saídas de bens aumentaram 4,5% e as entrada diminuíram 4,2%, face ao período homólogo de 2011, desagravando o défice da balança comercial em 1.076,8 milhões de euros.
As maiores variações registaram-se nas saídas de Combustíveis e lubrificantes (29,6%) e nas Máquinas e outros bens de capital (20,7%).
Do lado das importações, os Materiais de transporte e acessórios e os Bens de consumo foram as rubricas que apresentaram maiores diminuições (-13,8 e -10,7%, respetivamente).