por Raquel Abecasis, in RR
Eugénio da Fonseca diz que "o problema não é de riqueza, mas de distribuição de riqueza" e pergunta "porque é que se acumulam reformas".
O presidente da Cáritas teme os efeitos dos cortes no Estado social já anunciados pelo Governo. “Se cortarmos no Estado Social vamos ter níveis de pobreza incomportáveis” e “passaremos rapidamente para uma taxa de 43% de pobres”.
Neste cenário, Eugénio da Fonseca pergunta: ”Qual é o país que consegue vingar com 43% de taxa de pobreza?”
Em entrevista ao programa “Terça à Noite, da Renascença, o presidente da Cáritas defende que, à semelhança do que acontece com o rendimento mínimo garantido, também “devia ser definido um rendimento máximo” e questionou “porque é que a mulher de um administrador de uma empresa deve receber subsídio de desemprego?” ou “porque é que se acumulam reformas?”. Eugénio da Fonseca alertou para o facto de que “o problema não é de riqueza mas de distribuição de riqueza”.
Nesta entrevista, Eugénio da Fonseca descreveu como muito grave a situação que a Cáritas enfrenta por todo o país dizendo que hoje em dia “há um novo tipo de pobreza envergonhada de gente que tem uma outra cultura” e que “o novo desafio é ajudar as pessoas a criar o posto de trabalho”, mostrando-lhes que há uma saída.
O presidente da Cáritas alertou ainda para o aumento dos níveis de violência que se vivem no dia a dia e que são preocupantes.