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O consultor do governo, António Borges, diz que os portugueses reconhecem que “a situação não podia continuar como estava” e estão “muito alinhados” com o rumo do país, defendeu em entrevista ao programa “Terça à Noite” da "Renascença".
O responsável para as privatizações considera que “o que há de mais construtivo em Portugal, é que há da parte dos portugueses, não só dos trabalhadores e em particular dos desempregados, mas também das famílias, um certo reconhecimento de que a situação não podia continuar como estava”.
O ex-responsável do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Europa diz ser “impensável” uma crise política neste momento.
O economista sai em defesa de Cavaco Silva, afirmando que a posição do Presidente da República “não tem nada que ver com preferências políticas ou partidárias”, mas com o reconhecimento de que ir para eleições agora seria “absolutamente catastrófico”.
Sobre o chumbo do Tribunal Constitucional a algumas medidas do Orçamento do Estado, António Borges diz, como economista, não entender a decisão e afirma que estas decisões são “um obstáculo ao nosso progresso mais rápido”.
O consultor do Governo considera ainda que “não há alternativa” ao caminho que o país está a percorrer e diz-se um “moderado” na sua opção pela baixa de salários, já que, os que defendem outro caminho, como o Nobel da Economia Paul Krugman, receitam uma descida de “30 a 40% dos salários”, tal como aconteceria caso Portugal saísse do euro