11.6.13

Empresas portuguesas foram as que deram mais horas de formação em 2010

in Jornal de Notícias

Cerca de dois terços das empresas portuguesas com 10 ou mais funcionários propuseram ações de formação profissional em 2010, tendo Portugal sido o Estado-membro da União Europeia onde os trabalhadores tiveram mais horas de formação.

Segundo dados revelados, esta terça-feira, pelo gabinete oficial de estatísticas da UE (Eurostat), dois terços das empresas europeias (66%) com mais de 10 trabalhadores ofereceram cursos de formação ao seu pessoal, tendo as empresas portuguesas estado em linha com a média comunitária (65%), sendo que a aceitação em Portugal ficou acima da média da UE (55% dos trabalhadores das empresas que propuseram formação aceitaram-na, contra 48% no conjunto da União).

A participação em cursos de formação profissional foi homogénea entre as empresas portuguesas que a disponibilizaram, com uma taxa de participação de 58% nas pequenas empresas (entre 10 e 49 trabalhadores), 54% nas médias (entre 50 e 249 assalariados) e 55% nas grandes empresas (mais de 250).

Em termos de carga horária por participante, nas empresas portuguesas os trabalhadores tiveram em média 42 horas de formação, o valor mais elevado entre os 27 Estados-membros (à frente das 40 horas de Malta e 38 do Luxemburgo), e muito acima da média europeia, de 25 horas, encontrando-se no extremo oposto República Checa e Letónia, com apenas 14 e 15 horas, respetivamente.

O custo da formação, em percentagem do custo total da mão-de-obra em todas as empresas, foi de 0,7%, praticamente o mesmo que a média europeia (0,8%).

Em termos globais, os países da União onde mais empresas propuseram formação profissional aos seus trabalhadores foram Áustria, Suécia (ambas com 87%) e Reino Unido (80%), encontrando-se no extremo oposto Polónia (23%), Roménia (24%) e Bulgária (31%), tendo a aceitação, por parte dos trabalhadores, sido particularmente forte na República Checa (72%) e vincadamente fraca em dois dos países onde mais ofertas se registaram, Áustria e Reino Unido (apenas 37%).