Por Ana Tomás, in iOnline
A ideia foi criar uma ferramenta terapêutica para que crianças autistas aprendessem a reconhecer as emoções transmitidas pelas expressões faciais de terceiros
Um grupo de investigadores da Universidade do Porto criou um jogo de vídeo para ajudar crianças com autismo a desenvolverem as suas capacidades comunicativas e a reconhecerem as emoções nas expressões faciais de outras pessoas.
Este jogo de vídeo demorou três anos a ficar concluído e recorre a “uma nova tecnologia desenvolvida nos laboratórios da Universidade do Porto para a indústria da animação e dos videojogos, capaz de dar mais precisão e detalhe às expressões faciais de personagens digitais”, lê-se no comunicado da instituição.
A ideia foi criar uma ferramenta terapêutica para que crianças autistas aprendessem, de um modo divertido e sem indução de stress, a reconhecer as emoções transmitidas pelas expressões faciais de terceiros, dando assim um passo para ultrapassar um dos principais obstáculos reconhecidos pelos especialistas: a identificação de emoções em pessoas com autismo e a consequente dificuldade em comunicar e estabelecer relações com os outros.
O projecto, o primeiro do género a ser desenvolvido em Portugal e que contou com o apoio e financiamento da Microsoft Portugal, do programa UT Austin Portugal e da Fundação Ciência e Tecnologia, é apresentado esta tarde, no Auditório da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, a técnicos de saúde, membros de associações de apoio a autistas e pais.