Chatham House diz que protecionismo deve ser evitado

por Agência Lusa, publicado por Susana Salvador, in Diário de Notícias

Os governos devem evitar o protecionismo e proteger os mais penalizados pela globalização, que traz mais vantagens que custos, conclui um estudo hoje divulgado pela Chatham House, que analisa as indústrias que mais podem impulsionar a economia.

No estudo, divulgado em Londres, analisam-se as indústria da aviação, retalho, automóvel e farmacêutica, concluindo que todas elas têm potencial para impulsionar o crescimento económico, principalmente nos países em desenvolvimento.

Para além de recomendações específicas para cada um destes setores, o estudo engloba também um conjunto de diretrizes que devem ser tidas em conta pelos governos na definição da política económica, e que se prendem, essencialmente, com a defesa das 'regras' da globalização, nomeadamente no que diz respeito ao comércio sem barreiras e protecionismo.

"Os governos devem obedecer à letra e ao espírito das regras da Organização Mundial do Comércio e devem resistir às pressões internas para o protecionismo, que até podem trazer-lhes vantagens políticas no curto prazo, mas correm o risco de empurrar o mundo para uma recessão", refere-se no relatório.

No documento defende-se também que os mais prejudicados pela globalização, nomeadamente os que perdem o emprego, "devem ser ajudados" através de "políticas de apoio efetivo e reconversão profissional", para além de explicações públicas sobre os benefícios da globalização e programas que reduzam a crescente desigualdade".