4.7.13

SOS Pobreza com receitas de 20 mil euros no primeiro ano

in Dinheiro Digital

A marca SOS Pobreza, lançada pela Assistência Médica Internacional (AMI) há um ano, conseguiu, nestes primeiros 12 meses no mercado, vender mais de 600 mil artigos em 61 cidades do país, obtendo receitas líquidas de 20 mil euros.

A gama SOS Pobreza disponibiliza, em 109 lojas das cadeias de seis distribuidores por todo o país, 30 produtos - como farinhas, arroz, azeite, frutas e legumes, águas, refrigerantes, papel higiénico, rolos de cozinha ou guardanapos -- de nove produtores distintos, todos nacionais.

Estes são "produtos de consumo básico, de baixo custo, e que envolvem produtores que recebem de forma justa e sustentável", explica a instituição em comunicado.

Para o presidente da AMI, Fernando Nobre, o balanço do primeiro ano deste projeto, integrado na missão de emergência nacional da AMI de combate à pobreza em Portugal, é "positivo".

"Sabíamos que ia ser um desafio grande. Esta é uma marca nova, e, logo que a lançámos, percebemos que seria preciso tempo para que ela se afirmasse num mercado altamente competitivo. Mas ao mesmo tempo, sabíamos que era importante fazê-lo, porque a AMI está pressionada pelo aumento das solicitações no campo da pobreza e exclusão social", explicou o responsável à Lusa.

A marca SOS Pobreza surge também como uma resposta à diminuição do número de donativos avulsos à instituição. Fernando Nobre disse que a queda destas receitas foi de 15% no último ano. Além disso, este projeto é, sublinhou o presidente, "um estímulo ao reforço da produção nacional".

Esta iniciativa, disse ainda, permitiu à AMI "não recuar na resposta social, não deixar ninguém por atender, e ainda aumentar a sua capacidade de resposta".

"Esperamos que nos anos vindouros a marca se reforce, se sustente, e nos permita obter mais recursos, para podermos responder mais favoravelmente e com mais meios às solicitações, que estão a crescer de forma sustentada desde 2008", concluiu o médico.

O valor angariado com a venda dos produtos desta marca -- 20 mil euros de receitas líquidas pela venda de mais de 632 mil artigos -- é suficiente para assegurar, por exemplo, o funcionamento de um mês do Centro Porta Amiga da AMI em Cascais, que apoia 2200 pessoas.