Um em cada cinco jovens na América Latina não estuda nem trabalha

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E um em cada dois não tem um contrato nem condições seguras de trabalho, revela um relatório da Organização Internacional do Trabalho

De acordo com um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), apenas 48% dos latino-americanos têm um emprego com contrato de trabalho.

Na apresentação do relatório "Trabalho e Juventude Decentes na América Latina ", a diretora regional da OIT, Elizabeth Tinoco, disse que os jovens com idade entre os 15 e 24 anos são os mais afectados pelo desemprego e pela insegurança no emprego. Dos 108 milhões de jovens latino-americanos, cerca de 56,1 milhões estão a trabalhar, enquanto 13,9 %, ou seja, 7,8 milhões, continua à procura, mas com grandes dificuldades em encontrar.

O relatório indica que cerca de 27 milhões de jovens trabalhadores não tem contrato de trabalho, ou seja, 55,6 % dos jovens empregados têm trabalho precário e ausência de direitos." Seis em cada dez jovens trabalha por sua conta e risco: sem contrato nem garantia ou proteção e sem perspectivas de melhorar a sua situação de trabalho. Apenas 37 % possuem seguro de saúde. ", lê-se no relatório. "Temos nos dias de hoje os jovens mais escolarizados da América Latina e a maior taxa de desemprego da história da região. As políticas de crescimento económico não estão a preencher estas lacunas ", disse Elizabeth Tinoco.

O relatório, que analisa 18 países entre 2005 e 2011, regista também que o desemprego juvenil afecta 25% dos sectores mais pobres.Tinoco afirma que "a elevada percentagem de jovens que não estudam nem trabalham, especialmente os mais desfavorecidos, devem ser uma preocupação central dos governos, pois estão em risco de exclusão social. "