12.11.08

Inquérito indaga sobre adopção monoparental e homossexual

in Jornal de Notícias

O inquérito encomendado pelo Instituto de Segurança Socia, contém 52 perguntas sobre as modalidades da adopção e as representações sociais que lhe estão associadas, algumas das quais poderão ferir ou incomodar pessoas mais susceptíveis. "Ninguém é obrigado a responder se concorda ou se discorda. Pode até saltar a pergunta", explica uma das autoras do estudo, a docente Adelina Barbosa da Universidade do Porto.

É na segunda parte do questionário que os investigadores indagam a opinião dos inquiridos sobre algumas "ideias feitas" àcerca da parentalidade adoptiva. É dito por exemplo, "os pais adoptivos são mais permissivos" e pede-se que se assinale qual o grau de concordância: em absoluto, assim a assim ou a discordância total.

É neste capítulo - bastante extenso e que abrange diversas problemáticas - que surgem questões (sob a forma de frases) àcerca da atitude a ter em relação a pais candidatos ou adoptantes que são portadores de VIH, de uma raça diferente, solteiros ou com uma orientação sexual minoritária.

É, por exemplo, afirmado que a adopção por homossexuais ou por candidatos singulares, não casados (a adopção monoparental) tem mais riscos de ser mal sucedida. Para que os inquiridos dêem a sua opinião e desse modo seja possível entender a sensibilidade dominante dos candidatos.

Adelina Barbosa não entende a razão de algumas dúvidas até porque nesse mesmo rol é também afirmado que as famílias adoptivas são diferentes das naturais e seja qual for a resposta, isso não pressupõe qualquer apreciação discriminatória, defende a docente.