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Mais de dois milhões de portugueses viviam com grandes dificuldades em 2012, segundo dados do INE.
Três em cada 10 portugueses viviam em privação material em 2012. O padre Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza em Portugal, considera que estes dados são “assustadores e alarmantes”.
Nestas declarações reconhece que esta era uma realidade já detectada pela quantidade de pessoas que recorrem às cantinas alimentares, pelo número de desempregados e por todos os que tiverem de devolver as suas casas aos bancos.
À Renascença disse ser necessário que os políticos olhem mais para o bem comum e menos para os partidos. “Gostaria que os políticos pensassem mais nessa franja da sociedade que clama e sofre e é preciso que oiçam a sua voz e pedidos. E que também deixem de olhar tanto para os partidos e olhem mais para o bem comum.”
Cerca de 2,3 milhões de portugueses viviam em privação material no ano passado e 900 mil viviam em privação material severa, revelou o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento das Famílias do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O inquérito apurou ainda que 25,3% da população vivia em risco de pobreza ou exclusão social.