por Raquel Abecasis, in RR
Administrador do Santa Maria diz, em entrevista à Renascença, que a falta de cobrança de taxas moderadoras significa este ano um “défice de milhões” para o hospital, mas que esse não é o motivo para a exclusão de ninguém.
O hospital de Santa Maria, em Lisboa, está a dispensar medicamentos em casos de carência, revela o administrador Carlos Martins em entrevista ao “Terça à Noite” da Renascença.
Por causa da situação de crise que o país atravessa, o responsável deu instruções aos serviços para “dispensa de medicamentos entre os 30 e os 180 dias”.
Para tal é necessário que “seja justificada a carência económica, debilidade física ou degradação do estado de saúde por deslocações que são evitáveis e por situações que têm que ver com o estado em que o país vive, isto é: pessoas que precisam de ir à procura de emprego para o estrangeiro”.
Nesta entrevista à Renascença, Carlos Martins diz que “o hospital tem uma missão constitucional” de garantir os cuidados de saúde a todos os cidadãos que se dirijam ao centro hospitalar Lisboa Norte.
O administrador do maior hospital de Portugal diz mesmo que aqueles que se confrontam com “ruptura de stocks” noutros hospitais, encontram no Santa Maria a assistência e os medicamentos de que necessitam.
Carlos Martins diz também que a falta de cobrança de taxas moderadoras significa este ano um “défice de milhões” para o Santa Maria, mas que esse não é o motivo para a exclusão de ninguém.
O administrador do centro hospitalar Lisboa Norte anunciou que o Santa Maria vai abrir um banco alimentar no seu interior, para utentes e funcionários do hospital, e o Pulido Valente vai em breve abrir uma ala de cuidados continuados e uma “pequena ala para albergar casos sociais enquanto esperam uma resposta das instituições sociais ou das famílias”.