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Em 2013, chegaram 60 casos à Linha SOS Criança
Dados de 2013 apontam um número superior ao de anos anteriores. Muitos desaparecimentos resultam de raptos parentais ou fuga de instituições.
Está a aumentar o número de crianças desaparecidas em Portugal. Os dados são do Instituto de Apoio à Criança e apontam para 60 menores desaparecidos em 2013, mais oito do que em 2012.
“Neste momento, mais de 50% continuam desaparecidas”, refere à Renascença Maria João Pena, da linha SOS Criança, daquele instituto.
Raptos parentais e fuga de instituições são os casos mais reportados: este ano, “40% das situações denunciadas à linha telefónica foram de raptos parentais”.
A idade é factor diferenciador: a adolescência é “a idade das fugas”.
Todos os casos são reportados às autoridades e analisados pela Comissão de Protecção de Menores, entidade que demonstra preocupação face aos números conhecidos. O seu presidente, Armando Leandro, reconhece que o aumento de crianças desaparecidas em Portugal deve merecer análise profunda para entender as suas razões e actuar na sua prevenção.
Quanto aos casos de raptos parentais, o responsável considera uma situação grave, por colocar em causa os direitos das crianças devido a desentendimentos parentais.
“É necessário diminuir e resolver, designadamente através da mediação”, afirma à Renascença.