9.11.12

Personalidades europeias pedem à Europa que continue a apoiar Erasmus

in Público on-line

Vasco Graça Moura, Carvalho Rodrigues, Pedro Almodóvar, Sandro Rosell... Mais de uma centena de personalidades europeias do mundo da educação, arte, literatura, economia, filosofia, jornalismo e do desporto assinaram uma carta aberta aos chefes de Estado e de Governo em apoio do programa Erasmus, que promove que os jovens possam estudar noutras instituições fora dos seus países de origem.

Os signatários de todos os estados-membros da União Europeia – Vasco da Graça Moura, Fernando Carvalho Rodrigues, Teresa de Sousa e Manuel José Santos Silva são as personalidades do meio cultural, académico e jornalístico que subscreveram a carta –. O realizador de cinema espanhol Pedro Almodóvar, o presidente do FC Barcelona, Sandro Rosell, o prémio Nobel Christopher Pissarides e vários campeões olímpicos também o fizeram.

Actualmente, o programa enfrenta um défice de 90 milhões de euros e receia-se que a situação piore em 2013. Contudo, a carta revela a preocupação de que as vagas para estudantes e as bolsas disponíveis no âmbito do programa possam ter de ser "drasticamente reduzidas devido às disputas em torno dos orçamentos da UE para 2012 e 2013", diz a Comissão Europeia, em comunicado.

Nos últimos 25 anos, o programa Erasmus permitiu a quase três milhões de jovens europeus estudar no estrangeiro. Mais recentemente, este programa apoiou também a realização de estágios em empresas noutro país. "Toda uma geração aprendeu o significado de viver e de trabalhar com pessoas de outras culturas e a importância de desenvolver as qualificações e a versatilidade que são essenciais para o mercado de trabalho de hoje", aponta o comunicado.

A carta lembra que a ameaça de cortes no programa "não poderia vir em pior altura para os jovens europeus. O desemprego dos jovens entre 15 e 24 anos aumentou 50% desde o início da crise e, actualmente, um em cada cinco jovens europeus - mais de cinco milhões - está sem emprego". Por isso, a Europa deve apostar na educação e na formação.

A carta conclui que: "O programa Erasmus para Todos representará um custo inferior a 2% do orçamento total da UE. Nas próximas semanas, os Chefes de Estado e de Governo da UE serão confrontados com a oportunidade única de aprovar o novo programa e garantir-lhe os recursos necessários. Os nossos jovens merecem esse contributo. O nosso futuro depende dele."