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As Nações Unidas estabeleceram como limite para o aquecimento global os dois graus centígrados, abaixo do qual os cientistas consideram que é possível controlar os piores efeitos das alterações climáticas
O tufão Haiyan, que matou milhares de pessoas nas Filipinas, é “uma realidade que obriga a refletir” nos efeitos das alterações climáticas, afirmou hoje a responsável da ONU para o clima na abertura da Conferência de Varsóvia.
“O que acontece aqui, neste estádio, não é um jogo. Não há duas equipas, mas toda a humanidade. Não há vencedores nem vencidos, todos vamos vencer ou ser vencidos consoante o futuro que construirmos”, disse Christiana Figueres na abertura da conferência mundial sobre alterações climáticas.
“Reunimo-nos hoje sob o peso de muitas realidades graves”, acrescentou, referindo-se nomeadamente ao recorde batido no início deste ano de 400 partes por milhão de dióxido de carbono na atmosfera.
“A segunda é o impacto devastador do tufão Haiyan, um dos mais poderosos tufões que alguma vez chegou a terra. Os nossos pensamentos e as nossas orações estão com as populações das Filipinas, do Vietname e de todo o sudeste asiático”, disse.
As Nações Unidas estabeleceram como limite para o aquecimento global os dois graus centígrados, abaixo do qual os cientistas consideram que é possível controlar os piores efeitos das alterações climáticas.
Para atingir esse objetivo, os países têm de reduzir bastante as emissões de gases com efeito de estufa, recorrendo a formas de produção de energia mais limpas que os combustíveis fósseis.
Representantes de 190 países estão reunidos desde hoje em Varsóvia para trabalhar num acordo vinculativo global de redução das emissões de gases com efeito de estufa a assinar em 2015 e vigorar a partir de 2020.