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Problema do emprego passa por investir mais em formação
Uma das dificuldades que afectam o emprego europeu, segundo o estudo da McKinsey "Education to employment", divulgado na conferência "Youth & Jobs", é o facto de as estruturas na Europa a 28 estarem a falhar no apoio aos jovens e aos pequenos negócios.
A consultora analisou especificamente a transição da formação universitária para as empresas e concluiu que apenas 10% dos jovens conseguiram construir uma boa carreira. Este grupo teve sucesso porque recebeu uma formação bem estruturada e boa informação e centrou--se igualmente nas oportunidades para alargar as suas competências.
Outros dois segmentos, que representaram 11% da amostra, também receberam um forte apoio mas falharam por falta de motivação pessoal, acabando por reconhecer que não estão na posição que gostariam. Finalmente, 79% tiveram um fraco apoio e estão descontentes com as perspectivas de evolução profissional. Estes resultados também estão directamente correlacionados com o investimento em formação dado pelas empresas, sendo esta maior nos dois primeiros grupos.
Na Europa, e contrariamente ao que acontece noutras partes do mundo, são as empresas mais pequenas, e não as maiores, que se debatem com os problemas mais graves relacionados com a diversificação de competências da mão-de-obra, um défice que pode ser atribuído ao tipo de ensino universitário.
O estudo da McKinsey partiu de uma metodologia que teve em conta o desemprego jovem europeu numa perspectiva de falta de empregos, défice de skills e coordenação de políticas, os obstáculos com que os mais novos se deparam do início do percurso universitário à experiência nas empresas, que grupos de jovens e empregadores têm maiores problemas e quais as possíveis soluções.