Catarina Reis, in DN
Para alguns, o estatuto é a única forma de cumprir a vontade de estudar sem abdicar da vida profissional. Em percentagem, são os cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP) que mais casos destes reúnem.
O número de alunos do ensino superior que conciliam a vida académica com um trabalho voltou a crescer, depois de anos em queda. Desde 2014 que não se registavam tantos trabalhadores-estudantes nas instituições de ensino superior (IES) portuguesas, segundo dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). O presidente da Federação Académica do Porto (FAP) considera que a situação económica do país, "ou pelo menos a sua perceção", "poderá ser a explicação para o fenómeno". Além do "aumento do número de estudantes" a entrar no superior, acrescenta Marcos Alves Teixeira.
Passaram-se anos em sentido cadente. Contabilizados todos os ciclos de estudos, o número de estudantes com este estatuto sofreu um decréscimo de mais de 11 mil entre 2012-2013 e 2016-2017, passando de 40 586 para 29 053. Nos anos em que o número rondava os 40 mil, o país caminhava de mãos dadas com "um clima desfavorável para a economia e para as famílias", lembra o presidente da FAP. A turbulência abalou o sistema de ensino superior, que sofreu "muitos cortes, colocando as IES em situação quase de apenas manutenção, sem capacidade de reinvenção".
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