Bruxelas toma medidas para combater propagação do radicalismo e organizações extremistas

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A Comissão Europeia anunciou hoje um pacote de medidas para combater a difusão do extremismo violento, que passa pelo apoio a programas de sensibilização para grupos de risco, aumento da cooperação e a abertura de um centro de investigação.

"Nenhum país é poupado ao flagelo do extremismo violento, mas ainda são poucos os Estados-membros que estão a fazer face a esta ameaça crescente. Precisamos de medidas preventivas fortes para combater o extremismo em todas as suas formas, o nosso objectivo é estimular os esforços de combate à radicalização e à violência extremista e fornecer um conjunto de ferramentas para as acções preventivas na Europa", afirmou a comissária europeia dos Assuntos Internos, Cecilia Malmström.

Na sua comunicação, Bruxelas apela aos países europeus para que desenvolvam estratégias nacionais, através da criação de quadros em parceria com organizações não-governamentais e anuncia a criação de um centro europeu de conhecimento em 2015 "para estabelecer e difundir as melhores práticas e definir a agenda de investigação".

Bruxelas revela que serão afectados 20 milhões de euros no período 2014-2017 a este centro de conhecimento e a outras medidas de prevenção e actividades geridas de forma centralizada, assim como a programas desenvolvidos por Estados-membros, por redes de vítimas ou comunidades locais.

A Comissão Europeia garante ainda financiamento "a actividades de investigação sobre as tendências em matéria de radicalização" para "explorar o modo e as causas da radicalização" e "o papel desempenhado pela ideologia, as técnicas de recrutamento pela Internet e pelas pessoas que são modelos de referência".

"As actividades terroristas e o extremismo violento evoluíram e são uma ameaça crescente e significativa na União Europeia, estas actividades são desenvolvidas não só por grupos organizados, mas cada vez mais por grupos mais pequenos, ou mesmo agentes isolados, agora com um vasto leque de motivações", considera o executivo comunitário.

Lusa/SOL