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Presidente do BCE está mais otimista em relação à economia da zona euro, mas avisa que aumentos da produtividade podem aumentar desemprego se não forem acompanhados de mais flexibilidade laboral.
Mário Draghi quer mais flexibilidade laboral na zona euro. O presidente do Banco Central Europeu (BCE) avisa que sem mobilidade no mercado de trabalho, o aumento da produtividade - que já se começa a observar - pode resultar em mais desemprego.
"Aumentos da produtividade dentro de cada indústria podem ter um efeito negativo no emprego,
mas as consequências que alastram para outras indústrias mais do que compensam esse efeito negativo em qualquer indústria específica", afirmou no painel final do Fórum anual do BCE em Sintra. Draghi sublinhou que "para termos os benefícios destas consequências, precisamos de mobilidade laboral, de uns setores para outros". "Sem mobilidade laboral", insistiu, "ou não teremos os aumentos de produtividade, ou teremos mais desemprego, sem que haja mais emprego noutras indústrias".
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O presidente do BCE está, ainda assim, mais otimista em relação às perspetivas económicas: "à medida que a economia melhora na zona euro, e o ciclo de negócios cresce, também haverá melhorias na produtividade. Já observamos um arranque no investimento privado, por isso esperamos melhorias no ciclo económico", observou nos momentos finais do encontro de topo organizado todos os anos pelo BCE em Sintra com a ajuda do Banco de Portugal
O Fórum do BCE dedicado este ano ao tema do investimento e crescimento nas economias avançadas, foi acompanhado por jornalistas de todo o mundo, e em particular pela imprensa internacional especializada.