Alexandra Correia, in Visão
A taxa de desemprego total, no nosso País, divulgada pela OCDE, é de 10% em fevereiro. Mas a dos homens está nos 9,5% e a dos trabalhadores com mais de 25 anos nos 8,8 por cento
São 511 mil os desempregados em Portugal, registados no passado mês de fevereiro. Os números, divulgados esta terça-feira, 11 de abril, são da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), e atribuem ao nosso País uma taxa de desemprego de 10 por cento, a mais baixa desde há sete anos.
No entanto, há uma diferença substancial entre os géneros, como sempre houve. O desemprego masculino é mais baixo, na ordem dos 9,5%, e o feminino mais alto, com uma taxa de 10,4 por cento.
A idade é outro fator importante a pesar na taxa de desemprego. São 8,8% os trabalhadores com mais de 25 anos que não têm emprego, enquanto os mais jovens, entre os 15 e os 24 anos, são mais penalizados: 25,4% estão desempregados. Situação pior na OCDE só se encontra na Grécia (desemprego jovem nos 45,2%), em Espanha (taxa de 41,5%) e em Itália (35,2%).
A queda da taxa de desemprego em Portugal tem aliviado as contas do Estado que, em 2016, terá poupado mais de 250 milhões de euros em subsídios.
Ainda assim, a situação no nosso País está longe da média dos países da OCDE, com uma taxa de 6,1%, que se tem mantido estável desde o último ano. O país com menos desemprego é o Japão (taxa de 2,8%) logo seguido pela Islândia (2,9%), pela República Checa e pelo México (ambos com 3,4%).
Já os campeões da falta de trabalho são a Grécia, com 23,1% de desempregados (os últimos dados disponíveis são de dezembro), a Espanha (18%), a Turquia (11,9%) e a Itália (11,5%). Portugal aparece em quinto lugar, juntamente com a França (ambos com 10 por cento).